Que é Omicron XE?

A nova variante híbrida do COVID-19 pode ser a cepa de disseminação mais rápida até agora, de acordo com pesquisas preliminares, mas estudos estão em andamento para determinar a contagiosidade exata da variante.

O XE foi detectado pela primeira vez em meados de janeiro no Reino Unido, onde mais de 600 casos foram relatados desde então, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.

A variante XE é uma recombinante, composta por material genético de duas outras cepas, que neste caso são BA.1, a cepa original da Omicron, e BA.2, conhecida como “stealth Omicron”.

As taxas iniciais de crescimento da variante não eram significativamente diferentes de BA.2, disse inicialmente a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.

Em uma atualização em 25 de março, as autoridades de saúde revelaram que dados mais recentes mostraram que o XE teve uma taxa de crescimento de 9,8% acima de BA.2.

A Organização Mundial da Saúde divulgou informações semelhantes, citando estimativas que mostram que XE é 10% mais transmissível do que BA.2.

No entanto, essas descobertas exigem confirmação adicional, observou a agência.

BA.2 foi anteriormente identificada como a variante mais transmissível, pois se espalha cerca de 75 por cento mais rápido do que BA.1, de acordo com autoridades de saúde.

A recombinação está mostrando sinais de maior transmissibilidade, mas não se espera que cause COVID-19 mais grave ou evite vacinas mais do que a variante original

Junto com a variante XE, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido está monitorando dois outros recombinantes: XD e XF, que consistem em material genético das cepas Delta e BA.1.

As autoridades de saúde do Reino Unido disseram anteriormente que havia “evidências insuficientes para tirar conclusões sobre a vantagem de crescimento ou outras propriedades dessa variante”, mas abordaram os relatórios iniciais sobre sua infecciosidade.

“Este recombinante em particular, XE, mostrou uma taxa de crescimento variável e ainda não podemos confirmar se ele tem uma verdadeira vantagem de crescimento”, afirmou Susan Hopkins, consultora médica chefe da UKHSA.

As próprias variantes recombinantes, no entanto, não são fora do comum, de acordo com autoridades de saúde.

“As variantes recombinantes não são uma ocorrência incomum, principalmente quando existem várias variantes em circulação, e várias foram identificadas ao longo da pandemia até o momento”, disse Hopkins.

“Tal como acontece com outros tipos de variantes, a maioria morrerá relativamente rápido.”

A OMS disse que continuará a estudar os recombinantes e fornecerá atualizações à medida que mais evidências estiverem disponíveis.